escritoresporciudadjuarez@hotmail.com

dirección de contacto: escritoresporciudadjuarez@hotmail.es

domingo, 9 de septiembre de 2012

PÒVOA DE VARZIM, Portugal

O Diana Bar acolheu, no passado sábado, a iniciativa “Escritores por Ciudad Juárez” que decorreu, em simultâneo com inúmeras cidades do planeta.
 
De acordo com o Manifesto lido no início da sessão, o coletivo “Escritores por Ciudad Juárez” surgiu em memória de Susana Chavez, assassinada a 6 de janeiro de 2011, e em defesa da dignidade do povo de Ciudad Juárez, vítimas de crime organizado. “Celebramos, no dia 1 de setembro, o encontro “escritores por Ciudad Juárez”, um ato que vai muito para além de literatura e criação artística, um encontro que pretende mover consciências e despertar a solidariedade a todos os povos e cidadãos do mundo que se queiram unir a esta manifestação contra a violência e a impunidade. Desde a primeira edição do encontro, em setembro de 2011, lutamos com as únicas armas que conhecemos, as palavras, para denunciar o silêncio cúmplice daqueles que apoiam o crime, como forma de recuperar os espaços públicos e o convívio e de fazer passar ao mundo outra mensagem e outra imagem de Ciudad Juárez, que nada tenha a ver com os assassinatos e com o narcotráfico”. (Manifesto por Ciudad Juárez)
 
Na nossa cidade, deram voz a esta causa Valter Hugo Mãe, Eduardo Faria (Varazim Teatro), Ivo Machado, Inês Botelho, Joana de Sousa (Varazim Teatro), Paulo Lemos (Varazim Teatro), Joana Soares (Varazim Teatro), Alberto Serra e Miguel Miranda. Aurelino Costa, João Manuel Ribeiro, Manuel Rui, Rui Zink e Salgado Maranhão, na impossibilidade de estarem presentes, enviaram textos.
 
Valter Hugo Mãe leu alguns poemas do poeta brasileiro Lêdo Ivo, selecionados a pensar na violência, nas várias formas de violência e por ser Lêdo Ivo, um dos seus poetas de eleição e ter escrito alguns poemas que se adequam à situação.
 
Eduardo Faria optou por ler um poema de Joaquim Castro Caldas, que se estivesse cá, estaria ali, no entender de Eduardo Faria, “porque era um homem de causas”, e declamou os poemas escritos e enviados por Rui Zink e por João Manuel Ribeiro.
 
Ivo Machado leu dois poemas seus, um dos quais escrito para assinalar o momento, e um poema do espanhol Uberto Stabile, um dos grandes impulsionadores desta iniciativa à qual aderiram centenas de pessoas e que se realizou em muitas cidades dos cinco continentes. Deu ainda voz ao poema “Relíquia” de Salgado Maranhão.
Já Inês Botelho recitou um tríptico de sua autoria, inspirado na realidade violenta de Ciudad Juárez.
 
Joana de Sousa, acompanhada à guitarra por Paulo Lemos, escolheu os poemas enviados pelo Aurelino Costa e pelo poeta angolano Manuel Rui, enquanto Joana Soares escolheu dois textos do blogue escritoresporciudadjuarez, poemas de Dunia Sánchez Padrón e de Manuela Bodas Puente (Espanha), tendo terminado a sua intervenção com um poema de sua autoria com uma mensagem de Esperança, contra a violência do silêncio de quem já não responde.
 
Por sua vez, Alberto Serra trouxe Sophia de Mello Breyner Andresen, que “estaria e está através dos textos”, explicou, com esta e com todas as outras causas.
 
Miguel Miranda terminou a sessão com a leitura do seu texto “Mulheres de Ciudad Juárez, mártires de causa nenhuma”, escrito para assinalar o momento e como forma de repugnância pelos feminicídios:Neste insensato talho em que Ciudad Juarez está transformada, todos estão à espera. Uns, de atingir o sonho; Alguns, de lucrar com os sonhos dos outros; muitos apenas de viver. De viver em paz e segurança. De poder adormecer com um sorriso, a pensar no dia de amanhã. Outros estão à espera que se faça justiça. E nós, de que estamos à espera?”.













 
 
 

No hay comentarios:

Publicar un comentario